24 de fevereiro de 2017

A vida acaba quando acaba


E que tal pararmos todos um bocadinho, fecharmos os olhos e imaginarmos o que é ter mais de 65 anos num país preconceituoso.
Porque ninguém pensa na velhice e no que sentirão quando envelhecerem. Quando deixarem de estar aptos, como se já tivessem nascido velhos.
Não nasceram. Foram crianças, adolescentes, jovens, adultos e agora séniors.
E em todas as fases da vida aprenderam, adaptaram-se, foram suficientes, muitos foram soberbos. Salvaram vidas, passaram por adversidades que outros não passaram, dedicaram-se à música, à dança, aos negócios, viajaram, criaram, inventaram e agora estão velhos e os mais novos acham que não têm capacidades como se tivessem sido sempre velhos.
Não foram. Têm uma história de vida incrível, por mais dura que tenha sido, por menos importante que a possam considerar, têm uma história e querem continuar a escrevê-la.
Querem continuar a viver, sentir-se úteis, mas os velhos não servem para nada é o que sentem. É o que os fazemos sentir.
E se não mudarmos a mentalidade é o que vamos sentir também. Prometo.

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