Sinto esta ventania de emoções dentro de mim, dor, mágoa, insignificância,
perda, tristeza, desânimo... Sinto toda esta ventania até no corpo, nos músculos
que se prendem, nas pernas que tremem, nos olhos que choram, sinto esta
ventania que parece que se vai transformar em furacão e acabar de vez comigo,
com o meu corpo, com a minha essência. Eu sei que isto vai passar, o tempo
ajuda, a ventania vai diminuir e mais tarde eu vou sentir que fiz o que devia
ter feito: gostar mais de mim do que de ti.
Tu, que me foste desleal e que ao
mesmo tempo me fizeste tão feliz, nem uma brisa sentes. Avançaste da forma
egoísta que conheces e substituíste o amor que dizias sentir por mim. Tu
preferes estar na defensiva, não falar no assunto, pois entendes que não há
nada para falar. Tu direccionas o teu medo e insegurança para os meus medos e
inseguranças e deixas que seja eu a sofrer porque queres que eu acredite que
cometi um erro. Mas tu és o único responsável. Por isso o meu silêncio, o meu
nada para ti. Por isso a minha falta de vontade de te confrontar pelo que
fizeste e já fazes na tua vida.
Se estou bem, não estou. Ainda
não, mas vou estar.
E é isto José Carlos que-me-fizeste-tão-feliz,
the end.