23 de novembro de 2018

Acerca da Mudança


Acho triste que insistas em partilhar comigo esta tua conquista, planeada por nós, onde eu teria muito a acrescentar.
Partilhas, sentes essa necessidade, sem respeitares a minha necessidade de não precisar de saber.
Eu oiço o que tens feito, o que vais fazer e a cada conquista tua, planeada por nós, dilacera-me o coração. Não porque não fique feliz por ti, porque fico e muito, mas porque os nossos planos não estão a ser vividos comigo.
Sinto ciúmes, admito, sinto uma pontada no peito, como uma agulha fina a perfurar-me o coração. E quando dou por mim estou a responder-te ironicamente. E nem sequer é para te fazer sentir o que me estás a fazer sentir, não é para te magoar. É reflexo do meu estado interior.
Tu ficas irritado, eu momentaneamente aliviada. Provavelmente fazes a promessa que é desta que deixas de me falar, mas voltas sempre com novidades. 
 Porque é que não me deixas ir? Porque é que não consigo deixar-te ir? Que estranha ligação é esta?

13 de novembro de 2018

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(imagem retirada da net)