27 de junho de 2016

Ela diz


que devemos dizer todos os dias:

“Quem manda na minha vida sou eu! Eu decido e controlo o que se passa na minha vida”.

Reflicto sobre isto e percebo que teimo em deixar que isso não aconteça! Os outros controlam a minha vida. Não todos, mas algumas pessoas, eu deixo que controlem a minha vida. Sou eu que permito isto.

Volto atrás no tempo e percebo que sempre foi assim. A necessidade de lutar por alguém, por manter essa pessoa que quer estar na minha vida, mas que não merece. Eu deixo que ela comande a minha vida. Não é consciente, mas se pensar sobre isso é o que faço há muito tempo.

Eu corto com quem abusa do meu espaço e tempo, corto sem grande reflexão, mas quando envolve sentimentos mais fortes, eu deixo que controlem a minha vida de uma forma subtil. Parece que eu comando e controlo, mas no fundo não. Apenas porque luto comigo mesma para provar que eu sou melhor e mais do que outra pessoa.

Gostaria de mudar isto em mim. Quero mudar isto em mim. Mas requer muita força, não só porque custa cortar com quem nós temos sentimentos fortes, mas principalmente porque é muito difícil mudar cá dentro algo que já existe há tanto tempo. Que se tornou um padrão de comportamento.

Chegamos a uma altura das nossas vidas e percebemos que há tanta coisa que precisamos de mudar. Durante muito tempo, vamos fazendo pequenas mudanças e algumas enormes mudanças, estas quase que não dependem de nós! Somos obrigados a isso. A própria vida encarrega-se disso.

Mas para controlar eu a minha vida, para fazer as escolhas necessárias, tenho de ter consciência de quem sou eu, perceber os meus defeitos, as minhas fraquezas e as minhas qualidades.

Uma coisa eu sei que existe em mim, quando decido que chega ao fim é de vez! O problema é chegar a este limite. É aqui neste ponto que percebo que não controlo, nem decido.

Mas também sei que quando começo a fazer estas reflexões é porque estou quase no limite…

16 de junho de 2016

Quem haveria de dizer??


O meu pai está atento à moda!

A minha sobrinha lembrou-se de pegar numa tesoura e cortar a t-shirt, mais propriamente esburacar, que tinha vestida. A mãe deu-lhe um raspanete enorme (convém dizer que não só pela t-shirt, mas principalmente por usar a tesoura) e a menina abriu as goelas que até se via as amígdalas.

O meu pai (o avôzinho) muito aflito só dizia: Pronto, pronto não faz mal, isto usa-se, isto usa-se, não faz mal! 
Os avôs, avós ou lá como se diz amolecem mesmo com os netos!

3 de junho de 2016

Ai o destino dagente!


Ao que parece segundo o meu horóscopo tenho de ir aos correios porque vou conhecer casualmente o amor da minha vida, que é o verdadeiro!

Antes eu achava que tinha de ir à India visitar o Taj Mahal porque quem visita o Taj Mahal encontra o amor verdadeiro, reza a lenda. Pelos vistos vai ficar mais barato!

A minha pergunta é se for lá hoje e ele não aparecer tenho de ir lá todos os dias? É até ao final deste mês. E a que horas? E em que estação dos correios? E se ele aparece e eu não estou lá?

Que se lixe! Estou tão bem assim!

O Pimpse!


Ao fim de tanto tempo, curiosamente, entrou em contacto. Curiosamente porque não percebi porquê.

Entrou em contacto e fomos beber um café, foi bom reencontrar alguém que foi importante, mas… (passaram-se 5 anos).

Voltámos a sair e mas… (curiosamente não senti nada).

Quando fomos beber café sim, senti perda de apetite, ansiedade, o costume de quem está apaixonado… memórias do meu organismo da memória dele.

Mas da segunda vez, se antes eu me sentia eufórica, contagiada por ele, desta vez não senti nada. Senti este encontro como algo banal, sem significado, sem porquê. Não senti paixão, senti-me vazia e com uma questão no cérebro: o que é que estou aqui a fazer?

Eu sei o que estava a fazer, estava a ver se havia um qualquer sentimento dentro de mim, mas o comportamento dele fez-me perceber que não gosto no que ele se tornou.

Já não sou aquela pessoa e ele já não é, para mim, aquela pessoa.
Esta coisa que tivemos no passado foi sempre completamente impossível de acontecer. Somos muito diferentes. E continuamos diferentes.

Será que ficamos por aqui? Como ele responderia: Perhaps!

Acerca da Mudança


Tomei a decisão consciente de me borrifar para o antigo e criar algo novo. Estava farta da vida que mantinha apenas por comodismo e devo dizer que correu muito mal. 
Perdi tudo financeiramente, tive de me reorganizar e não virei sem-abrigo porque tenho uma família (ponto)! 

Pensei em muitas coisas negativas e quase que achei que tomei a decisão errada em deixar-me de conformismos e querer algo melhor, mais gratificante, motivante e tal e tal. 

E tenho a dizer que comigo, é importante dizer comigo, porque nem sempre é assim, está a correr bem, agora sim! Ao fim destes meses todos de angústia, perdas, tristeza e étecétera.  

Consegui a oportunidade que queria há tanto tempo, porque pura e simplesmente deixei o que era negativo ir e comecei a rodear-me do que considero ser positivo. Deixei de querer ser e comecei a fazer! E comecei a ver a luz no fundo do túnel e não era um comboio para me estraçalhar.  

E pensam vocês: deve estar a ganhar uma pipa de massa! E eu respondo: o salário não paga as minhas contas, financeiramente estou uma lástima e vai demorar algum tempo até conseguir ter o que já tive: uma casa, que é mais do que isso, é o meu espaço! Mas quando chego ao final do dia sinto, cá dentro, algo que já não sentia há muito tempo. Sinto-me feliz! E só por isso valeu a pena!
Espero que dure!