14 de outubro de 2016

Menos mimimi


e mais atitude quando:

- Sofres de amor: larga esse, há mais pessoas no mundo: segue em frente.

Olha que dói e muito, deixar para trás a pessoa de quem gostamos, aquele (a) com quem idealizámos uma vida e em quem pensámos que seria até ao fim. Dói a ponto de aguentarmos coisas que nos outros criticamos.

Via-me contigo até ao fim. Queria que assim fosse e dói perceber que não dá. Somos incompatíveis, tu és um ser individual, único e especial. Certo, tudo certo. Aceito. O que não aceito é que sejas individualista, uma pessoa que não encontra o equilíbrio no nós. Isto faz de ti um ser livre. Certo, tudo certo. Mas prendes-me. Isso não é certo. Seres livre a prender alguém. Ou somos ou não somos. Neste desequilíbrio não somos. E penso que nunca seremos, porque não mudas e eu não mudo. Então, apesar de doer, dou-te o meu silêncio. Fico sozinha, a direccionar-me para outras coisas importantes que me fazem feliz e aos poucos reconstruo-me e encontro-me, sozinha mas bem.

Doeu, se doeu, às vezes ainda sinto uma ansiedade subtil, uma necessidade de te ter. Mas eu sou assim, teimosa porque sou consciente de que no final vai correr tudo bem. Vou voltar a ser eu, um ser individual, único e especial sem intenção de prender seja quem for.
E sim, eu pratico o mimimi. Porque o mimimi faz parte do luto das coisas. Sim, devemos fazer o luto de tudo o que perdemos sem querer. Mas o luto tem um prazo e depois temos de seguir em frente. Porque o caminho é em frente.
E não, não deixo que o meu eu sensível e perturbador me diga que estou a perder. Ele tenta sim, mas eu não lhe dou ouvidos, porque já sou crescida e sei que não estou a perder.
Antes, estou a ganhar (me) novamente.

11 de outubro de 2016

Já vos disse

que adoro sol?


Ó pra ele a despontar






Coisas boas acontecem. Devagarinho, mas acontecem.



3 de outubro de 2016

Há amizades


que mantemos ao longo do tempo.
Mesmo que só nos vejamos de 5 em 5 anos. E apesar de aparentemente estar tudo igual, não está, porque só quando reencontramos essas amizades é que percebemos como as pessoas mudam e se distanciam umas das outras.

- ahaha vais mesmo ficar para tia! – Isto repetido umas quatro vezes em tempos espaçados claro, apesar de ter explicado que nunca fez parte dos meus planos ter filhos.

- Já viste se o lume está bom? - Isto enquanto estou a responder a uma pergunta que me fizeram. Percebi que quando um casal está a cozinhar, não se consegue acabar uma frase.

- Já te disse para parares quieta! Queres ver?!! – Isto enquanto estou a tentar manter uma conversa. Entretanto, perdi-me no que ia a dizer. Mas não faz mal porque ninguém se lembrou que se estava a conversar, porque a menina continuou a pular em cima do sofá.

- Nós gostamos de combinar coisas à sexta-feira, porque o fim de semana é para descansar… - Morri!

 De maneiras que continuo a gostar muito deste casal e claro que prometemos repetir, mas será daqui a uns 5 anos.