23 de março de 2018

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22 de março de 2018

O meu Eu estúpido


Senti-me tão estúpida. Cada vez que olhava para a mochila, os olhos enchiam-se de lágrimas.
Peguei na mochila e retirei o que estava lá dentro e arrumei tudo no sítio onde pertence, sempre a sentir-me tão estúpida com as lágrimas a querer saltar.
Não me permiti chorar. Não, porque as coisas devem estar sempre no sítio onde pertencem e se teimamos em mudá-las de sítio, acabamos por perceber que há coisas que têm o seu sítio e que não podem ser mudadas.
Arrumei a mochila também, no seu sítio, com o conteúdo que é seu, continuei a sentir-me estúpida, por acreditar que poderia mudar as coisas de sítio. Cada coisa tem o seu sítio e lá deve ficar.

 Criar expectativas é de pessoas estúpidas.

21 de março de 2018

Foo Fighters - The Pretender


Facto


Já não me deixo abalar por nãos e talvez!

16 de março de 2018

12 de março de 2018

Este processo que é deixar de fumar: 1 Semana

Ok, se eu antes já parecia um cavalo a mastigar quando comia pastilha, imaginem agora!

Ponto da situação:

Quanto mais os dias passam, mais vontade tenho de fumar, não percebo. Os dias piores foram no fim-de-semana, principalmente Domingo, dia em que estou menos ocupada.

Tive de me manter ocupada quase compulsivamente o que me poderá levar a ficar hiperactiva! Estou com medo.

Sobrevivi ao fim-de-semana, tenho conseguido manter a toma de 2 comprimidos por dia, à excepção de ontem que tive de tomar 3. Não vou trocar a dependência de cigarros por comprimidos.

Não engordei, porque continuo a manter a minha alimentação que é saudável. O apetite aumentou um pouco sim, mas não sinto necessidade de estar sempre a comer. No entanto, sinto que tenho de estar sempre ocupada.

Sinto-me melhor comigo e estou a sentir-me no controlo da coisa. O que é muito bom.

E é isto.

Se se sentirem inspirados para deixar de fumar deixem que vos diga: É MUITO DIFÍCIL. Por isso optei por reduzir os níveis de nicotina nos cigarros e só depois deixar.

8 de março de 2018

FELIZ DIA DA MULHER o quê pá?


Calem-se lá com essa treta!
Nem percebem que este dia só existe porque somos consideradas seres inferiores e que nunca conseguiremos ter igualdade de direitos porque vivemos num mundo comandado por homens. Que nos concederam um dia do ano para nos sentirmos importantes.

Esta treta deste dia, foi criado internacionalmente em 1975! E como estão as mulheres portuguesas?

Continuam a receber salários inferiores aos homens, por vezes muito inferiores mesmo tendo as mesmas funções;

Continuam a não ser promovidas em detrimento de um homem, apesar de terem mais capacidade;

Continuam a adiar o projecto da maternidade porque são despedidas em sequência disso;

Continuam a ser maltratadas por outras mulheres com cargos de chefia porque estas acreditam que todas as outras mulheres são inferiores (morrem de medo de ser substituídas por isso são assim);

Continuam a ter de justificar ou pedir permissão ao marido em determinadas situações;
Continuam a ser mal vistas porque têm vários parceiros;

Continuam a ouvir comentários acerca da forma de guiar e a aceitá-los como piada;

E muito mais coisas que no íntimo sabemos que estão mal, mas que desvalorizamos.  

Que vergonha que a mulher não perceba que depende dela exigir e criar formas de igualdade para passar a ser ponto assente de que somos todos iguais. Depende de nós! 

As mulheres têm capacidade para tudo, principalmente para mandar!
E se eu mandasse nisto tudo as mulheres não teriam 1 dia por ano, porque não seria necessário lembrar ao mundo que este dia existe para se reflectir sobre a condição da mulher de fragilidade e inferioridade na sociedade. E todas podiam fumar gratuitamente, se quisessem (eu não porque estou a deixar)!

A mulher não quer ser tratada como um homem, quer ser tratada com respeito enquanto ser humano e ter todos os direitos, sem haver distinções.

7 de março de 2018

Este processo que é deixar de fumar: Dia 3


Hoje está a custar muito mais que os outros dias. Sinto sono, pouca energia, e quanto mais o tempo passa mais vontade tenho de fumar. Aliás, o tempo não passa.
Começo a sentir-me irritada e intolerante. Não tenho paciência para ninguém. Tenho de me controlar bem. Ninguém tem culpa. E o pior é que isto é psicológico! É o meu cérebro armado em estúpido! Mas aviso já: NINGUÉM MANDA EM MIM!

6 de março de 2018

Este processo que é deixar de fumar: Dia 1


05 de Março 2018

Instalei uma aplicação que me vai dando a conhecer o que tem melhorado desde que deixei de fumar, dinheiro poupado, cigarros não fumados, benefícios de saúde, etc.

Cheguei ao trabalho, bebi o meu café (não me vou privar de outras coisas só porque quero deixar de fumar) e afinfei-lhe metade de um comprimido. Estive bem até meio da manhã, mas tive de tomar a outra metade.

Hora crítica: a seguir ao almoço: Outro comprimido, inteiro.

Durante a tarde, várias vezes o meu cérebro ia dizendo: Vou fumar um cigarro e eu dizia-lhe já não fumo. E pensava, mas apetecia-me, não está fácil.

Como estou adoentada, fui para casa mais cedo e estive no sofá. Sempre que acontecia algo em que era costume eu fumar o meu cérebro dizia-me: Vou fumar um cigarro e eu respondia-lhe alto. Eu já não fumo.

Hora crítica: Depois de jantar: Verbalizei. Apetecia-me mesmo um cigarro.

Mãezinha: então um não faz mal.

Eu: Faz, faz. Eu deixei de fumar. - E o meu cérebro dizia: então um não faz mal. Um não faz mal. Só um. Até podia ser que só fumasses à noite. E claro, fumei um, dois e três.

Mas também estavam na mala, e ainda tenho lá mais dois, para utilizar em caso de me voltar a ocorrer um “um não faz mal”.

Eu comprometo-me comigo própria a ser teimosa e firme em relação a deixar de fumar, com as devidas recaídas e palmadinhas nas costas por não ter conseguido, porque o problema é meu, estou a falhar comigo, não é com mais ninguém. Eu é que sei. Se eu quiser parar de parar de deixar de fumar, eu paro!

Este processo que é deixar de fumar


Disse apenas à minha irmã: Amanhã vou deixar de fumar. Ela respondeu sem tirar os olhos da televisão: hum, hum. Comecei a rir-me e ela também. - A sério, vais ver!
Última vez que comprei cigarros: Sábado, 03 de Março.
Fumei o último cigarro no domingo, 04 de Março por volta das 22h30.
Guardei o isqueiro e os cigarros que restaram na mala, coloquei os comprimidos também na mala e fui dormir. Não vale a pena pensar muito nesta coisa de que vou deixar de fumar.

Este processo que é deixar de fumar


Deixar de fumar, tem sido um processo gradual e muito lento.

Começou há uns anos quando deixei de fumar os cigarros com mais nicotina e os substituí por cigarros com 3mg de nicotina com sabor a menta. Ao fim de um mês não suportava fumar mais cigarros de menta, mas ainda não estava pronta para deixar de fumar.

Comecei a fumar cigarros com 1mg de nicotina. No início parecia que estava a fumar ar. Não sentia nada. Mas pouco tempo depois comecei a sentir o sabor destes cigarros. Continuei a fumar e sempre que o tabaco aumentava de preço dizia que ia deixar de fumar, não aconteceu, claro. Com mais um aumento de tabaco reduzi os cigarros para metade. Comecei a comprar cigarros dia sim, dia não.

Tenho reflectido sobre esta necessidade de fumar e de manter este hábito que me faz pessimamente à carteira. Sobre a forma como me irrito se me esqueço dos cigarros, se não encontro um isqueiro, sobre revirar a mala para encontrar magicamente os cigarros que ficaram no bolso do casaco. Sobre os meus atrasos porque tenho de ir de propósito levantar dinheiro e ainda passar na papelaria para comprar cigarros. Sobre as alterações de humor dependentes da privação de um cigarro. Sobre esta escravidão.

Iniciei o ano sem uma data marcada. Fui pensando e fumando. Fui-me despedindo a cada cigarro. Fui analisando o que sentia quando fumava. Porque fumava. Quando queria mesmo fumar.  Que dependência era esta que eu não conseguia abandonar. Que espécie de pessoa sou eu que me custa mais deixar de fumar do que terminar relacionamentos. E se eu sofri e pensei que ia enlouquecer, mas fui firme…se sou assim, também consigo deixar de fumar, mas quando? 

Talvez o melhor seria pensar numa data de referência, algo importante que marcasse. Mas falta muito para os meus anos e mais ainda para o ano novo. Como se deixar de fumar não fosse significativo o suficiente.
Eu quero deixar, mas gosto de fumar, eu sinto falta dos cigarros, mas preciso deixar de fumar. É isso, vou deixar de fumar. O meu vício é mais psicológico que outra coisa. É isso. No início do mês vou comprar os comprimidos para não sentir ansiedade e acaba-se o tabaco. Que medo, que é que estou para aqui a dizer? Até vou fumar um cigarro.