21 de março de 2014

Lealdade


Ontem mais uma vez pude avaliar a lealdade de uma certa pessoa. Partilhámos muito e achámos que eramos as melhores amigas, pelo menos eu achei. Mas o tempo passa e as relações definem-se. Por exemplo, se fizer uma avaliação do que julgo ser o que define uma amizade verdadeira posso constatar que existe um antes e um depois.

 Antes:
1 Relacionamento: Total afinidade, muita confiança
2 Experiência Vivida: Satisfação e qualidade
3 Disponibilidade: Total
4 Compreensão: Sim
5 Cumplicidade: Sim 

Depois:
1 Relacionamento: Maiores diferenças, pouca confiança ou quase inexistente
2 Experiência Vivida:  Insatisfação e perda de qualidade
3 Disponibilidade: Nula
4 Compreensão: Não
5 Cumplicidade: Não

Existem amizades tóxicas (como se gosta de dizer por aí), mas só existem porque nós as alimentamos/mantemos. A culpa é nossa. Está lá na nossa frente e não queremos ver. E para quê? Não sei, talvez porque algum dia existiu algo de positivo que talvez gostaríamos que voltasse a haver. Talvez porque não gostamos de sentir que nos enganámos, ou talvez porque essa pessoa poderia ser melhor.

Ontem fiz esta avaliação e decidi acabar finalmente com este laço absurdo que já não me trazia nada de bom. Neste momento a culpa já não é minha, porque decidi que terminou.


Imagem de Hug MacLeod (http://gapingvoid.com/)




2 comentários:

  1. Não queremos ver porque custa a acreditar que alguém que já foi tão próximo deixou de o ser. É difícil tomar uma decisão dessas, mas se é uma relação que já nada traz de bom, o melhor é ter a coragem de a terminar. Dói, mas o tempo acaba por curar.

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  2. Até acho que terminar este tipo de amizades é libertador.

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