7 de setembro de 2016

Hoje durante o intervalo de uma formação:


Ela - Vais beber café?

Eu - Não, já bebi de manhã, porquê?

Ela - Porque queria ir beber…

Eu - Posso-te fazer companhia.

Ela - Então vamos é que não gosto de ir sozinha, tenho vergonha, muita gente de nariz empinado.

Eu - Tu? Mas és tão sociável!

Ela - Mas nestas situações não.

Eu - Eu já fui assim, tal e qual, agora estou-me completamente a borrifar para o que os outros pensam, não me conhecem de lado nenhum.
Fiquei a pensar nisto e percebi que estou diferente do que era. Era insegura, reservada, sentia-me sempre perdida no meio de desconhecidos e julgada por eles.

Entre estes pensamentos também me lembrei que antes fazia um esforço para as pessoas me conhecerem e gostarem de mim. Agora, estou-me mesmo a borrifar para isso. Até porque se puder evitar não vou a sítios onde não quero e sem desculpas nenhumas, não vou porque não vou fazer esse frete pura e simplesmente porque não o quero fazer.

Cansei-me de tentar fazer parte do rebanho ou tentar entrar no rebanho. Cansei-me de ter de passar pelos testes impostos para entrar no rebanho. São critérios a mais e eu sou uma pessoa simples e sem capacidades para preencher todos os critérios e os critérios dos critérios.

Continuo a ser reservada, embora mais segura, e agora nada interessada na opinião dos outros sobre mim.

Até porque eu não sou uma ovelha.

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