e mais atitude quando:
- Sofres de amor: larga esse, há
mais pessoas no mundo: segue em frente.
Olha que dói e muito, deixar para
trás a pessoa de quem gostamos, aquele (a) com quem idealizámos uma vida e em
quem pensámos que seria até ao fim. Dói a ponto de aguentarmos coisas que nos
outros criticamos.
Via-me contigo até ao fim. Queria
que assim fosse e dói perceber que não dá. Somos incompatíveis, tu és um ser
individual, único e especial. Certo, tudo certo. Aceito. O que não aceito é que
sejas individualista, uma pessoa que não encontra o equilíbrio no nós. Isto faz
de ti um ser livre. Certo, tudo certo. Mas prendes-me. Isso não é certo. Seres
livre a prender alguém. Ou somos ou não somos. Neste desequilíbrio não somos. E
penso que nunca seremos, porque não mudas e eu não mudo. Então, apesar de doer,
dou-te o meu silêncio. Fico sozinha, a direccionar-me para outras coisas
importantes que me fazem feliz e aos poucos reconstruo-me e encontro-me, sozinha
mas bem.
Doeu, se doeu, às vezes ainda sinto
uma ansiedade subtil, uma necessidade de te ter. Mas eu sou assim, teimosa porque
sou consciente de que no final vai correr tudo bem. Vou voltar a ser eu, um ser
individual, único e especial sem intenção de prender seja quem for.
E sim, eu pratico o mimimi.
Porque o mimimi faz parte do luto das coisas. Sim, devemos fazer o luto de tudo
o que perdemos sem querer. Mas o luto tem um prazo e depois temos de seguir em
frente. Porque o caminho é em frente.
E não, não deixo que o meu eu
sensível e perturbador me diga que estou a perder. Ele tenta sim, mas eu não
lhe dou ouvidos, porque já sou crescida e sei que não estou a perder.
Antes, estou
a ganhar (me) novamente.
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