17 de janeiro de 2018

Pessoas


Nunca trabalhei num sítio em que as pessoas fossem tão arrogantes, com posturas de altivez, mesquinhas e más como aqui. E olhem que já trabalhei com pessoas com as habilitações todas e cargos importantérrimos.

Aqui, são coscuvilheiras, maldosas, mentirosas e influenciadoras.

O meu trabalho envolve estar com doentes e idosos e essas pessoas não têm caganças, são elas, autênticas, sem máscaras, sem lenga-lenga. Aceitam-se e querem apenas viver. Têm-me ensinado o que é realmente importante. Que viver, amor, atenção e cuidado é muito mais importante que ter coisas, dinheiro, status.

É por isso que quando vejo as coleguinhas naquela posição de altivez, sentadas no trono (para além de imaginar que deveriam ter um penico sempre à mão) penso como sou diferente.
Não quero nada disso. Quero apenas que as pessoas que amo estejam bem de saúde, alegres e em paz.

Não quero um trono, não quero status, quero sentir que faço bem às pessoas que precisam de mim, pois só assim sinto que ando cá a fazer alguma coisa.

Tenho o meu QB de futilidade e de parvoíce, sou picuinhas, perfeccionista, paranóica, esquecida, mas não sou má, coscuvilheira, mesquinha e mentirosa. Porque desde sempre tive bons exemplos o que me fez querer ser melhor, não perfeita, mas o melhor que posso ser.

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