Não tenho
paciência para o modo de estar e egoísmo de certas pessoas. Detesto fazer
fretes e por vezes acabo por os fazer porque fui apanhada na curva. Ia para uma
coisa e sai-me outra. Não tenho mesmo paciência e não entendo esses comportamentos.
Por isso, acabo por me afastar quando esse comportamento é recorrente.
Considero uma invasão à minha vontade, à minha liberdade. E eu prezo muito o
poder de decidir sobre se quero ou não fazer, ou estar onde quer que seja. E não
suporto que me pressionem, ou me façam sentir culpada por dizer não quero e não
vou. E quando a outra pessoa não aceita a minha posição e começo a sentir que
aquela amizade não está alinhada com a minha forma de ser, acaba uma coisa que
achava ser amizade, mas que não é, obviamente.
O que acontece é que tenho cada
vez menos amigos e estou cada vez mais isolada. Já não me iludo, a achar que
tenho bons amigos, porque a vida é de mudanças e as pessoas mudam. Eu mudei.
Talvez me tenha tornado inflexivel no que diz respeito ao meu bem estar. Talvez
pudesse fazer esforços, mas não estaria bem comigo.
As amizades têm de ser
leves, alegres e têm de respeitar a forma de ser dos outros. E tudo o que me provoca desiquilibrio tem os dias contados. Mas faz sentido, se duas pessoas
querem coisas diferentes e se não se encontra o equilibrio nessa amizade, mais
vale deixá-la ir. Acenar-lhe e desejar-lhe felicidades.
Se me sinto
mal? Não. Sinto alivio. Talvez eu esteja errada. Talvez eu seja exigente
demais. Mas prometi-me (sem saber se consigo cumprir) que tudo o que me magoar,
deixarei ir.
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