20 de fevereiro de 2018

Acerca da mudança


Não tenho paciência para o modo de estar e egoísmo de certas pessoas. Detesto fazer fretes e por vezes acabo por os fazer porque fui apanhada na curva. Ia para uma coisa e sai-me outra. Não tenho mesmo paciência e não entendo esses comportamentos. Por isso, acabo por me afastar quando esse comportamento é recorrente.
Considero uma invasão à minha vontade, à minha liberdade. E eu prezo muito o poder de decidir sobre se quero ou não fazer, ou estar onde quer que seja. E não suporto que me pressionem, ou me façam sentir culpada por dizer não quero e não vou. E quando a outra pessoa não aceita a minha posição e começo a sentir que aquela amizade não está alinhada com a minha forma de ser, acaba uma coisa que achava ser amizade, mas que não é, obviamente.
O que acontece é que tenho cada vez menos amigos e estou cada vez mais isolada. Já não me iludo, a achar que tenho bons amigos, porque a vida é de mudanças e as pessoas mudam. Eu mudei. Talvez me tenha tornado inflexivel no que diz respeito ao meu bem estar. Talvez pudesse fazer esforços, mas não estaria bem comigo.
As amizades têm de ser leves, alegres e têm de respeitar a forma de ser dos outros. E tudo o que me provoca desiquilibrio tem os dias contados. Mas faz sentido, se duas pessoas querem coisas diferentes e se não se encontra o equilibrio nessa amizade, mais vale deixá-la ir. Acenar-lhe e desejar-lhe felicidades.
Se me sinto mal? Não. Sinto alivio. Talvez eu esteja errada. Talvez eu seja exigente demais. Mas prometi-me (sem saber se consigo cumprir) que tudo o que me magoar, deixarei ir.


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