Eu: Não.
Fulana: Eu quero.
Eu: Não penso nisso (não tenho confiança contigo para te falar acerca da minha
não vontade de ter filhos).
Fulana: Pois, não tens ninguém. Mas deves andar de olhos fechados.
Eu: Não ando. Mas estou bem assim.
Fulana: Sim, agora. Mas se passar muito tempo vais sentir falta.
Eu: É possível, mas não quero pensar nisso agora.
Fulana: No outro dia uma amiga contou-me, blá, blá, blá e eu concluí que por vezes
criamos um padrão e às vezes outras pessoas, diferentes, estão ali.
Eu: Sim, é verdade. Temos essa tendência (eu criei um padrão muito difícil de
preencher: tem de ser inteligente, ter sentido de humor, ser
atraente, preocupar-se comigo,
respeitar-me, fazer-me sentir amada, não dar erros ortográficos e de facto é muito difícil encontrar um “ómem” assim e ainda e mais importante eu tenho que gostar dele e não confundir isso com precisar de ter alguém).
Fulana: Acho que andas de olhos fechados ou nos sítios errados.
Eu: Não ando, garanto. Mas não sinto nada. E sinto-me bem como estou (A sério? Arranjinhos? Sei bem de quem falas).
Fulana: Ai já viste? E para a velhice, ficas sozinha.
Eu: Quem te garante que vais estar acompanhada nessa altura?
Fulana: Também é verdade.
Eu: Bem, vou trabalhar (provavelmente ainda durante esta semana, ficarei a saber
que eu estou desesperada à procura “dum ómem” porque quero ter um filho e o sei bem de quem falas irá ficar com esperanças. Ó meu Deus!).
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