(imagem retirada da net)
29 de novembro de 2019
Abordagens
Sem querer a tua mão agarrou a minha. E eu paniquei.
Nota: controlar as emoções está difícil.
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Coisas que me acontecem,
Gosto disto!,
That's me
28 de novembro de 2019
Vale olhar com olhos de ver
Tenho andado preocupada com uma colega/amiga de trabalho
porque tenho percebido que anda triste, embora diga que não.
A semana passada perguntei-lhe se estava tudo bem. Respondeu-me que
sim. Observei-a enquanto me respondia. Mentiu-me, percebi.
Pensei: deve estar com problemas com o namorado e não quer
partilhar. Tudo bem.
Ontem cruzei-me com ela e vi-lhe nos olhos e na expressão
tristeza e uma necessidade de disfarçar o que estava a sentir.
Hoje, trouxe no bolso um pacote de açúcar da Nicola:
(imagem retirada da net)
Pensei em deixar-lho na secretária
para que quando o visse achasse graça e pensasse que tinha um fã. E tem, sou fã dela.
É das melhores pessoas que tive oportunidade de conhecer até hoje.
Como a
luz estava acesa, bati, entrei e entreguei-lhe o pacote. Disse-lhe que queria
fazer-lhe surpresa porque sinto que não está bem. Sorriu e disse: ainda não
sei se está tudo bem, estou à espera dos resultados dos exames. Como
percebeste? - Está nos teus olhos, disse-lhe. Podes tentar disfarçar, mas eu
vejo nos teus olhos que algo se passa. Abracei-a, na esperança que o meu abraço
a acalmasse e disse-lhe: - devia ter-te trazido o pacote do “Vale um abraço”.
Respondeu: - não precisas, basta dares.
Conversámos um pouco. Tentei dentro do que sei diminuir-lhe
a ansiedade e escutei o que tinha para dizer.
Fiquei, também eu, cheia de ansiedade, mas o melhor
é aguardar os desenvolvimentos com a esperança que sejam positivos.
Nota: Ela não merece.
7 de novembro de 2019
É tudo um processo
Estou numa fase em que me sinto
bem Devo dizer que me sinto muito bem. Se em outros textos me queixei das dores
que sentia. Devo, tenho de dizer que já há muito tempo que não me sentia tão bem.
SINTO-ME BEM! Sinto-me completa, sinto-me no caminho certo, sinto-me bonita,
sinto-me Eu, finalmente.
Tantos anos à minha procura. Tanto
tempo à espera que as feridas sarassem. Tantas vezes me perguntei onde estaria
eu. Em que sítio dentro de mim me escondi. Teria eu sucumbido às desgraças,
descrença, desconsideração e tareias deste mundo? Ou estaria apenas escondida,
protegida para não sofrer demais, porque mais sofrimento não iria aguentar. Os
pensamentos eram negativos, mais que negativos os pensamentos pediam o fim do
sofrimento, os pensamentos conjecturavam formas de terminar o sofrimento. Penso
que foi então que me escondi. Que me protegi atrás de mim, da lutadora que
não tinha tempo para sentir, que não se permitia sentir, mas que sentia o tempo
todo, as dores, as angustias, as ansiedades sem que as tivesse autorizado, mas
nada a fazer, não se escolhe sentir, sente-se. Rendi-me e senti, senti, senti,
senti até ficar exausta de tanto sofrimento, de tanto chorar, de tanto mimimi.
Lentamente, fui percebendo que a
lutadora estava diferente. Olhei para os lados e percebi que havia tanta gente
que me queria bem. Senti
que a lutadora estava confiante, que estava sempre a sorrir, que agradecia
pelas bênçãos recebidas. Que todos os dias pequenos milagres aconteciam que lhe
enchiam o coração. Sorria ao lembrar de um aperto de mão inseguro, de um olhar
de amor que viu alguém lançar para outro alguém, dos abraços que recebeu,
das oportunidades que foi criando para melhorar o momento, o dia, o ano. Quando
olhei melhor com um sorriso nos lábios, o coração a bater rápido, os
pensamentos limpos, percebi: Eu voltei.
Nota: Parece esquizofrénico, mas
faz tudo parte de um processo.
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